Dá para confiar no seu especialista?

Sim, mas apenas nos assuntos da especialidade dele. Na intenção de cuidar de nossos pacientes e fazer reverberar naqueles que porventura ainda não se atentaram aos riscos, fazemos ecoar neste boletim um alerta da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

O tratamento de vasinhos – aparentemente simples – oferece mínimos efeitos adversos, mas que, nas mãos de profissionais não especializados, podem se tornar complicações. Por exemplo, uma aplicação mal calculada pode ocasionar uma úlcera que, de difícil cicatrização, tende a evoluir para a necrose. Ou pior: a prática equivocada pode gerar problemas que seriam remotos diante de um especialista, como a tromboflebite e a trombose venosa profunda.

Mas não é preciso ir tão longe. É certo que reações adversas acontecem sempre, mas apenas os angiologistas e cirurgiões vasculares sabem administrá-las de modo a minimizar e abreviar o tempo de recuperação. Entre estes efeitos estão as reações de sensibilidade da pele (parestesias), hematomas, edema (inchaço)  e manchas. O que poderia ser um breve incômodo, pode evoluir para algo mais dolorido e demorado.

Além disso, os médicos especializados conhecem bem as variações de substâncias esclerosantes que podem ser aplicadas para cada tipo de organismo e condições apresentadas nos exames prévios, o que evita ainda mais essas adversidades.

Não basta ter graduação e credencial de médico, ou título de outra especialização. Por mais capaz que possa parecer, é impossível conduzir com total qualidade e segurança uma intervenção sem o conhecimento aprofundado de um especialista. Do contrário, o paciente está sujeito a frustrações e dores desnecessárias, além do próprio risco à saúde.