Até cerca de uma década atrás, uma das principais ocorrências no atendimento emergencial em hospitais eram pacientes que haviam acabado de sofrer uma Oclusão Arterial Aguda.
A OAA é causada por uma obstrução arterial repentina e, em cerca de 80% dos casos, devido a uma embolia (entupimento). Dentre todas as ocorrências, é muito comum que essa oclusão aconteça em decorrência de um deslocamento de um trombo (coágulo) produzido no coração – geralmente por causa de arritmias – e transportado via artérias até se instalar em outra região do organismo, como nos membros inferiores – principal região afetada pela OAA.
Dessa forma, o sinal da oclusão é claro: intensa e repentina dor na perna, acompanhada da sensação de frio e dormência, além da dormência, palidez ou arroxeamento da pele na região que deixa de ser irrigada pelo sangue. Em situações críticas, o membro em questão suporta, no máximo, entre 4 e 6 horas, sob o risco da necessidade de amputação ou sujeito a sequelas irreversíveis. Por isso, dependendo do grau da isquemia (falta de circulação) e da região afetada, é necessária a intervenção cirúrgica imediata.
A prevenção é a principal maneira de evitar a OAA, já que 95% dos casos ocorrem devido à manifestação de uma doença crônica preexistente, como cardiopatias, aterosclerose ou diabetes.
Prova disso é que nos últimos anos essa ocorrência tem diminuído muito, principalmente pelo avanço de medicamentos orais anticoagulantes, cuja necessidade de utilização é identificada previamente em exames de check-up. Além disso, a própria cultura de manutenção da saúde, controle de gorduras (já que elas também estão entre as causas da OAA), programas de erradicação do tabagismo e diabetes são fatores que contribuem para a queda desta incidência, que costuma acontecer com pacientes mais jovens.
Comments (2)
Damaris
01 Out 2018 - 12:38 pmQual é o tratamento após cirurgia
Fred Fred
04 Out 2018 - 7:04 pmDepende da causa da oclusão arterial aguda e dos fatores de risco. Será individual pra cada caso.