Gravidez e varizes

O principal fator para o surgimento de varizes é a predisposição genética/familiar. No entanto, a gravidez aparece como outro motivo desencadeador. Em gestantes predispostas, os riscos aumentam. Para mulheres sem predisposição, eles passam a existir.

Isso se deve ao ganho de peso natural durante os meses de gestação. Mesmo que a mulher fique dentro do parâmetro recomendado – ou seja, de 10 a 12kg – seu organismo ainda terá que lidar com essa diferença, principalmente as pernas. Além de sustentarem o peso do corpo, existe ao redor das suas veias uma camada muscular que se fragiliza devido às mudanças hormonais durante esses meses. Com isso, ocorre a dilatação das veias e os consequentes inchaços e as próprias varizes.

Vale tranquilizar-se com o fato de que as varizes não representam um risco à gravidez e à saúde do bebê. De qualquer forma, podem causar desconforto e dores. Por isso, demandam atenção e acompanhamento especializado.

Para atenuar esse quadro e evitar riscos futuros, elencamos algumas recomendações a serem seguidas durante a gestação:

• Exames vasculares de ultrassom no terceiro trimestre de gravidez;
• Ao se deitar, apoiar-se do lado esquerdo. Isso alivia a pressão do útero sobre a veia cava, que fica do lado direito do abdômen e é o principal meio do retorno do sangue que retorna dos membros inferiores;
• Evitar o ganho de peso superior a 12kg;
• Uso da meia elástica, meia-calça para gestante ou 7/8 (até a virilha). Principalmente a partir do segundo trimestre.
• Para gestações planejadas, vale a pena fazer um doppler antes da gravidez, verificando se existe alguma veia com comprometimento de circulação prévio.
• Continuidade de exames ultrassom nos meses subsequentes ao parto, para conferir se a propensão às varizes se mantém ou está regredindo.