Desde os primeiros anos desta prática, tem aumentado muito o número de pacientes que optam pelas aplicações múltiplas para tratamento de vasinhos combinadas com a cirurgia de varizes. A sessão é feita no mesmo ato cirúrgico, usando o efeito da anestesia necessário para a cirurgia de varizes. Desta forma, enquanto o cirurgião cuida dos procedimentos relacionados à retirada ou à inativação da safena e das varizes, os outros assistentes da equipe podem se ocupar com as aplicações que inativam os vasinhos concomitantemente.
Os motivos desta combinação são a praticidade e o conforto ao paciente. Isso porque, quando as aplicações são feitas no âmbito convencional – ou seja, desatreladas à cirurgia (ambulatorialmente) – e sem o uso da anestesia. Embora não muito doloridas, as aplicações implicam dezenas de picadas na pele, o que causa certo incômodo e a necessidade de agendamento em dias diferentes, até que todas as áreas de ambas as pernas sejam contempladas.
Quando feita junto à cirurgia, a equipe médica dá conta de todos os vasos e vasinhos, sem que o paciente sinta qualquer desconforto. Devido ao fato da cirurgia em si ser minimamente invasiva, a internação se dá pela dinâmica do day hospital, que proporciona a alta do paciente no máximo em 12 horas após a entrada.
Junto desta facilidade, o uso de espumas (polidocanol) tornou a eliminação dos vasinhos muito mais eficiente, substituindo os antigos esclerosantes. Como já dissemos anteriormente, quando comparada à glicose, a microespuma é muito mais eficaz e, portanto, acaba exigindo menor volume de esclerosantes nas aplicações. Dessa forma, os efeitos adversos – que já seriam poucos e transitórios – podem ser até amenizados. São os mesmos da aplicação com glicose: alteração de sensibilidade; pequenos edemas e hematomas. E não há, de modo algum, riscos de toxicidade.
Sendo assim, a recuperação pós-cirúrgica não sofre qualquer alteração quando comparada a uma cirurgia sem a combinação das aplicações múltiplas.