TROMBOSE AGUDA

TROMBOSE AGUDA

Trombose, etimologicamente, vem da palavra trombo, que quer dizer coagulo de sangue. Toda vez que ocorre uma trombose em um vaso sanguíneo, há o entupimento deste vaso, que passa a impedir a passagem do sangue trazendo consequências diversas. Há uma grande diferença entre trombose arterial e venosa. Para se entender esta diferença, primeiramente é necessário recordar que as artérias são os vasos que levam o sangue do coração para as extremidades e as veias o trazem de volta, fazendo o contrário. A trombose arterial costuma ser mais grave do que a venosa, pois impede a chegada do oxigênio às células provocando nelas o infarto com necrose (morte tecidual). A gravidade vai depender do local afetado e da extensão da trombose. Quando ocorre em artérias do cérebro, provoca o AVC (Acidente Vascular Cerebral) popularmente conhecido como “Derrame”. A palavra infarto foi consagrada com designação ao coração devido à trombose das coronárias, artérias que irrigam o músculo deste órgão. O infarto por trombose arterial pode ocorrer também nas pernas, mais conhecido por gangrena. Outra região também propensa a ter trombose são as artérias que irrigam os intestinos, provocando neles também infarto com gangrena.

Estes são os principais exemplos, mas pode ocorrer infarto por trombose de artéria em qualquer região ou órgão do nosso corpo, que frequentemente envolvem altíssimo risco de morte. As causas mais comuns de trombose das artérias são a aterosclerótica, degeneração do envelhecimento acelerado pela hipertensão, diabetes, colesterol alto e fumo principalmente.

A trombose venosa já traz outra conotação e não envolve uma incidência tão alta de risco de morte quanto a arterial. Pode ocorrer trombose de veia em qualquer região também do nosso organismo, mas de 80% a 90% da incidência se faz nas veias profundas dos membros inferiores. Em apenas de 2% a 3% dos casos podem ser tão extensas que provocará gangrenas das pernas, chamadas de “flegmasia cerúlea dolens ” por comprometer maciçamente as veias dos membros inferiores. O que é mais comum na trombose venosa dos membros inferiores, principalmente sem tratamento, é a chamada embolia pulmonar.

Eventualmente, um trombo (coágulo) se desprende da perna e vai para o pulmão impedindo a passagem do sangue para este órgão, o que traz uma alta incidência de mortalidade devido à insuficiência respiratória. A trombose de veias superficiais habitualmente é sem gravidade, trazendo apenas repercussões inflamatórias locais, mais conhecidas como flebite superficial. O comprometimento trombótico de veias de outras regiões não costuma trazer riscos importantes, salvo em condições raras, como a trombose maciça das veias dos intestinos, que podem provocar gangrena também. A trombose das veias profundas das pernas, quando bem tratada, normalmente não precisa de cirurgia, só coagulantes, e evita a embolia pulmonar e progressão do processo. No entanto, devido ao entupimento ocorrido, com recanalizado ou não, provoca danificações das suas válvulas, o que dificulta o retorno do sangue, aumentando o regime de pressão dentro delas.

A médio e longo prazo, a pressão aumentada irá promover o surgimento de varizes nas pernas – às vezes severas – com abertura de úlceras varicosas. São chamadas varizes secundárias, diferente das varizes primárias devido à tendência hereditária ou familiar. Este quadro secundário é chamado de “síndrome pós-flebitica”. Havendo um bom senso de prevenção, e é isto que estamos repetidamente martelando, devido a sua extrema importância, as causas das tromboses podem previamente serem identificadas e evitadas, ou mesmo diminuírem-se as possibilidades de ocorrência, e mesmo ocorrendo, que não sejam graves e nem tragam risco de morte. Para isso, é necessário o acompanhamento médico periódico caso a caso.

Dr. Ricardo J. Gaspar

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