Sim, isso pode ocorrer. Entre os tantos fatores que envolvem e afetam as características das varizes está o calor. É normal que o aumento da temperatura cause a dilatação dos vasos, refletindo no sistema em geral, inclusive nos capilares (vênulas e linfáticos). Considerando que as varizes são veias já dilatadas, unindo-se ao aumento da temperatura, o resultado será o inchaço dos membros que já sofrem com a presença delas.
As atividades e contextos associados ao verão também não ajudam nessa hora. Por exemplo, caso a pessoa esteja na praia, ela ficará exposta a uma pressão atmosférica maior, o que também contribui com o desconforto e a dor. Ao mesmo tempo, o que ajuda a amenizar o problema são as meias elásticas. O desconforto ao usá-las no verão, porém, faz com que os pacientes a rejeitem, desfavorecendo a regressão dos sintomas.
Sintomas e possíveis complicações
Caso o paciente tenha Insuficiência Venosa Crônica, sentirá mais sintomas relacionados às varizes, como dor em peso, prurido, comichão e alteração de sensibilidade na pele (dormência, queimação ou formigamento).
Estes pacientes devem ficar mais atentos a outro risco: o da estase venosa (estagnação do sangue dentro das veias), o que pode aumentar as chances de trombose. Neste caso, chamada de tromboflebite superficial aguda, acometendo em especial veias de calibre médio e grosso e ampliando ainda mais os sintomas citados acima. Entre as complicações podem estar o trauma – o corte em veia sobressaltada –, gerando hemorragia externa e de fluxo intenso (varicorragia), com as chances de causar significativa perda de sangue.
O que fazer?
Vale pontuar que 77% das mulheres acima dos 70 anos e 10% das mais jovens que 30 têm veias varicosas. Como já mencionamos antes, o sexo não é o único fator. Os vícios de postura, a gravidez, anticoncepcional, a idade e a hereditariedade também contribuem para o surgimento da doença.
Além de evitar condições agravantes (como o próprio calor, o tempo de horas na posição sentada, o tabagismo), hoje as pacientes contam com a tecnologia da medicina vascular e endovascular, como as cirurgias minimamente invasivas (endolaser, radiofrequência e o método MOCA), além do uso da espuma.