Sobre a vacina contra a febre amarela

Sobre a vacina contra a febre amarela

Neste início de ano, com o surto de febre amarela, temos recebido perguntas sobre a aplicação da vacina contra a doença. Sempre que lidamos com injeções e medicamentos, é preciso levar em conta uma série de particularidades e contraindicações que dizem respeito às mais variadas especialidades, sendo a consulta com um infectologista a melhor indicação.
No entanto, no que envolve questões vasculares, as dúvidas e respostas importantes a se esclarecer são estas:

1. Pessoas que usam anticoagulantes podem tomar a vacina?

Sim, desde que seja por via subcutânea. Devido à presença de vasos em tecidos musculares, se aplicada via intramuscular, o rompimento destes vasos causa hematomas. Naturalmente, a vacina de febre amarela é para ser aplicada de fato por via subcutânea, porém, caso você faça uso do anticoagulante, é sempre bom informar ao profissional que irá aplicá-la, de modo a garantir que a injeção seja feita desta maneira.
Assim como qualquer outra vacina, nunca se indica a aplicação intravascular (diretamente na veia), pois a reação de seus componentes pode ser muito rápida, sendo assim agressivo ao organismo e podendo trazer reações adversas ao paciente, em especial as pessoas que usam anticoagulantes ou que tenham doenças como hemofilia e trombocitopenia.

2. Idosos podem tomar a vacina?

Podem apenas em casos muito específicos. A partir dos 60 anos, a indicação é feita de acordo com cada paciente. O fato de estarmos lidando com um medicamento composto pelo vírus vivo, a reação do organismo pode ser a própria manifestação da febre amarela, com todos os seus sintomas e riscos.
Devido à menor imunidade de idosos, além disso, a vacina pode trazer dois tipos de problemas. O primeiro, de ordem neurológica, é a meningoencefalite (inflamações no cérebro e meninge) e a Síndrome de Guillain-Barré, que afeta a qualidade dos músculos, a partir do impacto no sistema nervoso central. O segundo risco está associado ao comprometimento de órgãos viscerais como pâncreas, baço e fígado, e também ao possível surgimento da DVA (Doença Viscerotrópica Aguda), que se manifesta em até 10 dias após a vacinação causando febre, queda de pressão, icterícia, hemorragias, insuficiência hepática e renal, ou até mesmo choque.
Como a questão é o sistema imunológico, é importante que pessoas mais jovens – mas que sofrem também de doenças autoimunes – passem pelo infectologista, que irá considerar o uso da vacina, especialmente por aqueles que residem em áreas de extremo risco de contágio. Nestas situações, o problema é estudado de acordo com a situação que ofereça menos prejuízo à saúde.

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