Síndrome pós-Covid19

Após mais de um ano de atendimentos a pacientes acometidos pela Covid-19, pesquisadores norte-americanos apresentaram informações sobre recuperados que têm sofrido sequelas da doença. Dentre esses desdobramentos da gripe, estão distúrbios cardiovasculares, metabólicos, gastrointestinais, neurológicos, anemia, dores e cansaço.

Um dos maiores estudos, apresentado em abril pela Revista Nature, se assemelha a outra pesquisa brasileira, feita pelo Hospital Universitário Cajuru, de Curitiba, em parceria com a PUCPR. Os números brasileiros indicam que, dos pacientes monitorados que sofrem sequelas, 90% apresentam fadiga; 85% teve uma grande perda de massa muscular; 70% dispneia; e 50% cefaleia. São ocorrências que ultrapassam o período de um mês pós-recuperação da Covid-19.

Entre as sequelas relatadas ainda estão a deflagração de demência; doenças hepáticas; transtorno obsessivo compulsivo; além de doenças vasculares como acidente vascular cerebral e trombose. Segundo os pesquisadores, o vírus desregula a pressão de hipertensos, mesmo com o uso de medicamentos, além de facilitar a formação de coágulos, podendo gerar complicações como o AVC. Para saber mais, confira o texto completo na Folha Vascular.

Vacine-se

As sequelas da gripe são mais um argumento às pessoas que ainda estão inseguras quanto à aplicação da vacina. Como relatado em nota da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, apesar da velocidade em que as vacinas foram desenvolvidas, elas cumprem com todas as regulações de segurança.

Para se ter uma ideia, pesquisas indicaram que a frequência de tromboembolismo venoso relacionado a casos de Covid-19 foi de 14,7% e eventos trombóticos arteriais, de 3,9%. Do outro lado, pesquisa realizada com a vacina AstraZeneca mostrou o índice de 0,21 casos de eventos trombóticos por 1 milhão de pessoas vacinadas. A mesma pesquisa foi feita com todas as marcas, apresentando riscos tão inexpressivos quanto este.

Assim como qualquer medicamento, não existe na indústria farmacêutica garantia total para 100% da população. Basta observar a bula de qualquer remédio, inclusive os utilizados cotidianamente. Os benefícios da vacina são expressivamente superiores ao ato de não vacinar. Os riscos de não se vacinar são altíssimos quando observadas as já conhecidas complicações da doença, incluindo o óbito, assim como estas sequelas que podem acometer os recuperados.