Endopróteses

Endopróteses

Por mais que a cirurgia endovascular seja muito recente, tornando-se mais acessível a partir do ano 2000, a evolução que ela tem traçado é algo impressionante.

Impulsionadas pelo avanço da indústria (em especial da bioengenharia), as endopróteses vasculares têm evoluído significativamente com variações nos formatos e nos materiais. São resultados de pesquisas e realizações que as fazem se encaixar nos trechos mais específicos de nossas artérias, incorporando-se às necessidades que a medicina se depara e substituindo a cirurgia aberta para tratamento de doenças como aneurismas, dissecções arteriais, hemorragias, tromboses, embolias, estenoses, fístulas, malformações arteriovenosas etc.

Juntos à precisão cirúrgica, cada vez menos invasiva, esses dispositivos vêm se adequando cada vez mais, tornado-se corpos harmonizados que se incorporam no organismo sem rejeição. Foi a partir desta evolução tecnológica que passamos a contar também com as endopróteses, instaladas dentro das artérias e veias e que são compostas por stents (dispositivos metálicos recortados a laser, recobertos por tecidos especiais como poliéster e PTFE e já conhecidos da cirurgia aberta).

No início os stents eram feitos de aço, mas foram revolucionados com o surgimento do nitinol, uma liga de níquel e titânio que tem a propriedade de ser autoexpansível quando em contato com a temperatura do sangue, altamente flexível e de baixo perfil. Hoje os stents são transportados por cateteres cada vez mais finos, o que lhes permite que sejam implantados a longas distâncias.

As endopróteses atualmente contam com uma vasta variação de especificações que suprem as necessidades de cada tipo de doença, geometrias e anatomias desafiantes. Um exemplo dessa evolução foi o surgimento das endopróteses ramificadas ou fenestradas, que possuem ramos ou um tipo de “janela”, feitos para casos de implantes e respeitando ramificações arteriais vitais.

A ciência acabou por motivar também a evolução de novos softwares e estações cibernéticas de trabalho (work station) em medicina, que, por meio de reconstruções tridimensionais – a partir de angiotomografias computadorizadas ou angioressonâncias magnéticas – auxiliam na programação individual para cada paciente e no planejamento perfeito de cirurgias. E aí está o encontro entre precisões: a do médico e a da tecnologia.

Curioso relembrar que, ainda nos anos 80, os médicos resistiam a essa evolução que ainda dava os primeiros passos. A desconfiança não era à toa. As próteses eram implantadas a céu aberto com muito mais sucesso já havia mais de cinquenta anos. No entanto, com a chegada dos balões de angioplastias e do stent, já provido de metal especial, chegamos a uma nova era. Assim, nos anos 90, tivemos o argentino Juan Parodi como o primeiro médico a realizar um implante bem-sucedido de endoprótese em humano para excluir um aneurisma de aorta.

Hoje a realidade traz algo inimaginável há duas décadas. As últimas novidades incluem endopróteses com uso de polímeros seladores, outras não recobertas com stents multicamadas, stents absorvíveis ou com medicamentos em seu interior, assim como outras ligas metálicas (como o cromo e cobalto).  Há muito o que ser desenvolvido, tudo a partir desta base de conhecimento consagrado e positivamente irreversível.

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