Trombose: não ignore este assunto

Outubro é o mês em que o mundo volta os olhos para um tema silencioso, mas sério: a trombose. No dia 13 é celebrado o Dia Mundial de Combate à Trombose, uma data criada para alertar sobre uma condição que é muito mais comum do que imaginamos.

Só no Brasil, cerca de 180 mil pessoas recebem esse diagnóstico todos os anos. O Tromboembolismo Venoso (TEV) – que inclui a Trombose Venosa Profunda (TVP) e a Embolia Pulmonar (EP) – afeta cerca de 60 a cada 100 mil habitantes por ano, sendo hoje a terceira maior causa de morte cardiovascular no país.

Apesar desses números, ainda há muitos equívocos sobre o tema. Um dos mais comuns é acreditar que “se um familiar teve trombose, eu também terei”. Embora o histórico familiar aumente o risco, a doença é geralmente multifatorial, resultado da combinação entre predisposição genética e fatores adquiridos. O que realmente pode ser herdado é a trombofilia, uma tendência à coagulação, mas mesmo quem tem essa mutação pode nunca desenvolver trombose.

Os maiores gatilhos para a trombose estão no cotidiano: imobilidade prolongada, tabagismo, uso de hormônios anticoncepcionais, obesidade, sedentarismo, idade avançada, gravidez e doenças crônicas como câncer ou diabetes.

A boa notícia é que a trombose pode ser prevenida. A prevenção se apoia em quatro pilares: manter-se em movimento (principalmente entre longos períodos sentado), adotar um estilo de vida saudável, abandonar o cigarro e consultar regularmente seu médico vascular.

mencionamos que a panturrilha é chamada de segundo coração do corpo. Movê-la é essencial para o retorno venoso ao coração. Neste outubro, aproveite a campanha para avaliar seus hábitos. Pequenas atitudes podem fazer uma grande diferença entre o risco e a proteção.